Frequência respiratória adequada ajuda no rendimento de atletas
Por Renato Aranda
A intensidade da respiração durante a
atividade física é tão importante quanto a flexibilidade e força muscular. Um
atleta flexível e bem condicionado está muito menos suscetível a lesões do que
um esportista despreparado.
O treinador André Ricardo de Souza
explica que a intensidade do exercício físico está diretamente relacionada com
a frequência respiratória. Quanto mais intenso é o treino, maior a quantidade
de oxigênio que o corpo necessitará para desempenhar aquela função.
“A respiração humana é
autosselecionada, ou seja, o corpo busca maneiras de suprir a necessidade de
oxigênio e ele não mede esforços para isso. Chega um ponto em que a morfologia
do nariz não é suficiente para inspirar todo o ar que o corpo precisa, então é
necessário respirar pela boca”, explica o treinador da assessoria esportiva BR
Move.
Intensidade
e respiração- O condicionamento físico (ou a
falta dele) fica claro de acordo com frequência respiratória. Se um atleta está
praticando um exercício de intensidade baixa ou moderada e demonstra cansaço,
isso pode ser sinal de falta de condicionamento físico.
“Uma pessoa menos condicionada vai
ficar ofegante mais cedo e pessoas mais bem condicionadas vão ficar ofegantes só
depois de um período maior de atividade com intensidade também maior”,
esclarece Souza.
Para melhorar esse condicionamento,
durante uma atividade física menos intensa o ideal é que o atleta tente
respirar de forma abdominal e com maior profundidade. “Já em um exercício
moderado ou intenso, a respiração tende a aumentar, mas com um volume menor”.
Mais
batimento, mais respiração-
Outra forma de melhorar o condicionamento físico ou a capacidade respiratória é
a prática de atividades que trabalhem de forma específica exercícios de
inspiração e expiração.
“O yoga, por exemplo, tem os
pranayamas, que são exercícios respiratórios. Você inspira por uma narina,
expira pela outra e por aí vai. E isso ajuda bastante no aumento da capacidade
respiratória”, detalha o assessor esportivo.
Souza explica que uma segunda maneira
de evoluir a respiração é de condicionar o corpo com a frequência respiratória.
“Para exercícios ou treinos de tiros, existe uma frequência respiratória que
pode ser adaptada. Alguns atletas preferem com 2:1, que seria duas passadas
inspirando e uma expirando, sem dar “soquinho”, ou 3:1, três inspirando e uma
passada expirando”, fala.
O treinador ainda afirma que a
relação existente entre o aumento dos batimentos cardíacos e a frequência
respiratória é algo fisiológico, ou seja, não há relação benéfica ou maléfica
entre as duas.
“A frequência cardíaca sobe por conta
do aumento da intensidade. Com a necessidade de mais sangue nas regiões
periféricas, aumenta também a demanda por oxigênio nos músculos. Sendo assim o
pulmão “puxa” mais oxigênio, aumentando a frequência respiratória”,
encerra.
Matéria extraída do site:
www.webrun.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário