quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A importância do Personal Trainer


                  Antes privilégio de atletas, modelos e artistas, o trabalho do personal trainer ganhou força no Brasil e se tornou mais acessível. Com vantagens como o atendimento personalizado, a motivação constante e os treinos específicos para o seu biótipo, o personal agora deixa de ser visto como luxo e passa a ser visto como um investimento para a saúde.
              Para quem não está familiarizado com esse trabalho, é importante saber que, em primeiro lugar, o personal trainer é um profissional da área da saúde e que promove treinamentos personalizados para os clientes. O treinamento é exclusivo, acompanhado pessoalmente pelo personal contratado e os treinos variam de acordo com o objetivo de cada aluno; redução do peso, aumento de massa muscular, condicionamento aeróbio, qualidade de vida, condicionamento motor, tratamento de patologias, entre outros.
              Para Emerson Silveira, personal trainer da Academia Perfect, são inúmeras as vantagens de investir nesse profissional. “Eu sempre destaco o trabalho em conjunto entre o personal e o cliente, pois traz um resultado positivo rápido e progressivo, permitindo a elaboração de novas metas a cada objetivo alcançado. O treinamento personalizado também garante ao aluno a total segurança e motivação, tornando todas as sessões de treino produtivas”, afirma.     
              Independente do objetivo do treino, é esperado que o educador físico busque primordialmente a saúde de seu aluno. Para isso, o profissional deve fazer uma análise com base nos seguintes fatores: histórico de capacidades motoras, se ele é sedentário ou não, nível de treinamento, condições e limitações físicas, periodização progressiva, etc. Para pessoas com alguma limitação de saúde ou deficiência física, o mais indicado é a contratação de um personal trainer, pois assim é possível focar na individualidade promovendo a melhora da saúde, além da correção da postura.
             A flexibilidade de horários também é outro fator positivo para o aluno. Caso o tempo de treino seja comprometido por fatores diários como trabalho e estudo, tudo poderá ser combinado entre o contratante e o contratado. É válido lembrar que os treinos não precisarão ser realizados sempre na academia, permitindo a variação entre parques, clubes, praças e até mesmo em casa.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Hérnia, o ponto fraco do abdômen


Ela atinge 3% da população brasileira, pode ser operada sem a necessidade de internação, mas, se não for tratada adequadamente, é capaz de levar à morte

POR FERNANDA RODRIGUES
ILUSTRAÇÃO MARCELO GARCIA
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 5,4 milhões de pessoas sofrem de hérnia no Brasil. Mas o que realmente significa essa doença? Trata-se de um 'ponto de fraqueza' ou uma abertura da parede abdominal causada por um enfraquecimento ou rompimento da musculatura do abdômen. Ocorre por defeitos congênitos ou adquiridos (esforço físico, traumatismos ou incisões cirúrgicas).
Se não for tratada, toda vez que o indivíduo fizer algum tipo de atividade intensa, o conteúdo abdominal (intestino e/ou tecido gorduroso) pode exteriorizar-se através dela e isso causa, além de um abaulamento na pele, desconforto e muito incômodo. "As pessoas com hérnia geralmente sentem dor quando fazem esforço. Contudo, é importante dizer que não é apenas aquele 'carregar peso'. São esforços comuns, como urinar ou evacuar, por exemplo", explica o médico Paulo Carvalho, doutor em cirurgia do aparelho digestivo pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e um dos criadores do recém-inaugurado Centro Avançado de Hérnia, em São Paulo, que atende pacientes com hérnia de todos os tipos - inguinal, femoral, umbilical e epigástrica.
Quando pequena, ela talvez não apresente sinais externos, tirando o inchaço na área afetada. Agora, se junto com esse sintoma surgirem dores, acompanhadas de náuseas e vômitos, recomenda-se procurar assistência médica com urgência. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos. E a única forma de tratamento é cirúrgica. "O procedimento deve ser feito logo que o problema é detectado, porque a tendência é o quadro piorar. O melhor momento para operar é aquele em que o paciente está bem clinicamente", avalia Sérgio Szachnowicz, cirurgião do aparelho digestivo e também integrante da equipe do Centro Avançado de Hérnia.
Se as devidas providências não forem tomadas, é provável que ocorram algumas sérias complicações. "A mais temida é o estrangulamento do intestino dentro da hérnia", diz o cirurgião Paulo Carvalho. Ele se dá quando as alças do intestino ficam presas no interior da hérnia e não recebem mais sangue. Com isso, podem necrosar, ou seja, apodrecer. "Essa é uma situação de emergência que exige ação rápida. Caso contrário pode levar até à morte."
Cirurgia sem internação
Na técnica de Lichtenstein, a mais tradicional para esse tipo de enfermidade, uma tela plana é costurada na parte de fora da parede muscular do abdômen. Para não sair do lugar, são necessários muitos pontos, aumentando o risco de lesão nervosa e muscular. Além disso, a pressão intra-abdominal força o material para fora, com o risco de soltá-lo, o que faria a hérnia voltar. A evolução no tratamento, no entanto, trouxe boas novidades para os pacientes.
Uma delas é chamada de PHS (Prolene Hernia System) e utiliza uma tela tridimensional de polipropileno. Por meio desse procedimento, que passou a ser difundido recentemente no Brasil, a recuperação torna-se mais rápida, já que a anestesia é local. Outras vantagens: a incisão é pequena (tem cerca de 5 cm), a cicatriz quase imperceptível e o corte é fechado com ajuda de uma cola especial. E, poucas horas depois de operada, a pessoa pode voltar para casa. Por não precisar de internação, a cirurgia inclusive é mais acessível economicamente. "A forma convencional de tratamento também cura com eficácia, mas é preciso ficar cerca de 90 dias em repouso", explica o cirurgião Paulo Carvalho.
Com o método mais moderno para a correção da doença, os índices de recidiva do distúrbio ainda caem para 0,1%, contra 35% nos procedimentos que usam técnicas clássicas.

1 - hérnia epigástrica; 2 - hérnia umbilical; 3 - hérnia femoral; 4 - hérnia inguinal
Intestinos, estômago, baço e fígado estão contidos dentro da cavidade peritoneal, protegida por diversas estruturas: coluna vertebral e músculos, na parte posterior; diafragma, na superior; músculos, na lateral e na região anterior; e ossos da bacia e músculos, na inferior. Quando ocorre uma fraqueza em uma determinada área, ou seja, a hérnia, o conteúdo intra-abdominal causa um rompimento, ficando saliente e visível na parede abdominal
Uma longa espera
Para se ter idéia do tamanho do problema na rede pública, o tratamento para hérnia lidera a fila de espera no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo levantamento parcial recente feito pelo Ministério da Saúde, tendo como base 494 municípios brasileiros. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), referência no tratamento da doença, a lista - até o final de março - contava com 304 novos casos, com um prazo de atendimento de aproximadamente dois anos. "Por semana recebemos de 12 a 15 novos pacientes. Nossa capacidade de resolução atual é de cinco a seis. Não temos centro cirúrgico suficiente. Ou seja, sobram de oito a 10 casos toda semana. Isso faz com que aumente, cada vez mais, o tempo de espera", conta o cirurgião-geral Gaspar de Jesus Lopes Filho.
Visando agilizar o processo de atendimento público, a Unifesp está criando o Projeto Hérnia, que tem como objetivo aumentar a área física dedicada exclusivamente à doença. "Esse trabalho vai ser apresentado para a diretoria do hospital e depois, através dela, vamos pedir recursos para a prefeitura e para o Ministério da Saúde. Há necessidade que se criem outros centros desse tipo porque a demanda é grande em todo o Brasil", diz Gaspar Lopes Filho.
As hérnias atingem os homens em maior proporção - cerca de 27%, contra apenas 3% da população feminina. As inguinais são as mais freqüentes: correspondem a 70% da doença em adultos e a 85% em crianças. As umbilicais respondem por 10% dos casos e é comum aparecerem na infância. Em adultos, 65% ocorrem em mulheres. As epigástricas possuem registros de 6%, enquanto as femorais, 5%
Crianças também têm
Ao contrário do que possa parecer, não se trata de uma enfermidade que atinge apenas adultos. Segundo o pediatra e cirurgião Jaques Pinus (SP), do Hospital Albert Einstein e chefe do Serviço de Cirurgia Pediátrica da Unifesp, alguns tipos de hérnias são até mais comuns em crianças. "A inguinal aparece com maior freqüência em meninos, enquanto a umbilical, em meninas da raça negra", informa o médico.
Assim como nos adultos, o único tratamento é cirúrgico. No entanto, os pais não precisam ter medo. A operação é feita ambulatorialmente e a recuperação é bastante rápida. Mesmo bebês prematuros podem ser encaminhados para o procedimento logo que saem do berçário.
A hérnia umbilical infantil, no entanto, muitas vezes dispensa a cirurgia porque é capaz de se fechar espontaneamente. Os médicos costumam aguardar até aproximadamente os dois anos de idade, caso ela não seja grande ou apresente riscos de encarceramento.
Se você desconfia que tem um 'ponto fraco' no abdômen, procure orientação médica o mais rápido possível.







Descrição: http://revistavivasaude.uol.com.br/imagens/transp.gifOS TIPOS


HÉRNIA INGUINAL 
É o mais freqüente. Apresenta-se de forma direta ou indireta. No primeiro caso, origina-se diretamente na parede abdominal próxima à região inguinal (virilha). No segundo, acontece quando o testículo, durante a vida fetal, movese de dentro do abdômen para a bolsa escrotal - e esse trajeto pode deixar um ponto fraco na parede abdominal, levando à formação da hérnia. Na mulher, ela é menos comum, mas também pode acontecer quando o ovário migra para a parte interna da bacia.
HÉRNIA UMBILICAL
Muito comum em recém-nascidos, quase sempre fecha espontaneamente. "Se for pequena, resolve-se sozinha. Caso contrário, recomenda-se esperar até aproximadamente os dois anos, antes de operar", explica o cirurgião e pediatra Jaques Pinus, do Hospital Albert Einstein e chefe do Serviço de Cirurgia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). No entanto, o umbigo continua a ser um ponto fraco, o que pode provocar uma hérnia na vida adulta.
HÉRNIA EPIGÁSTRICA
Os músculos da parede lateral do abdômen se cruzam e criam uma estrutura fibrosa chamada de linha branca. Por essa estrutura passam os vasos sangüíneos que irrigam a parede abdominal. Esse trajeto, quando alargado, leva à hérnia.
HÉRNIA FEMORAL
Tem origem na região femoral (conhecida como raiz da coxa), orifício por onde passa artéria e veia femorais (vasos sangüíneos dos membros inferiores).

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Veja como prevenir lesões no joelho


A maior incidência de lesões no joelho de corredores ocorre no ligamento patelar, que une a patela à tíbiaA maior incidência de lesões no joelho de corredores ocorre no ligamento patelar, que une a patela à tíbia. Foto: Getty Images/Terra

O joelho é uma articulação muito suscetível a lesões por conta do esforço ao qual é submetido na prática da corrida. A maior incidência ocorre no ligamento patelar, que une a patela à tíbia e compõe o mecanismo extensor do joelho, juntamente com o músculo da coxa. A lesão mais comum é a tendinopatia − ou inflamação do tendão. Mas também podem ocorrer casos mais graves, como rompimento parcial ou total do ligamento, que são menos frequentes entre os corredores.

Segundo David Homsi, especialista em fisioterapia esportiva e musculoesquelética, as causas podem ser fraqueza muscular, o impacto do exercício ou mesmo a anatomia dos membros inferiores, no caso daqueles indivíduos cujos joelhos têm formato em 'X'. "Esse tipo de lesão é ocasionada pela alta carga de impacto, decorrente de exageros ou treinos em superfícies duras, ou mesmo por desiquilíbrio muscular em relação ao quadríceps e aos isquiotibiais (músculos anterior e posterior da coxa, respectivamente)", afirma.

O fisioterapeuta explica que a dor característica ocorre no polo inferior da patela, que é um osso pequeno e triangular, localizado na parte anterior à articulação do joelho. "Essa dor pode ser percebida ao correr, subir e descer escadas ou ao esticar as pernas após longos períodos com elas dobradas", salienta. Caso sinta dor em algumas dessas situações, o atleta deve procurar um médico do esporte e realizar os exames clínicos e laboratoriais para averiguar o problema. "Se a dor for muito forte, é aconselhável que o corredor suspenda temporariamente os treinos", sugere.

O tratamento, no caso da tendinopatia no tendão patelar, prevê descanso, anti-inflamatório (sob prescrição médica), fisioterapia analgésica e exercícios de fortalecimento e equilíbrio. ¿Não é possível prever um tempo mínimo para a recuperação do corredor, pois isso depende do grau da lesão. Porém o quanto antes ele buscar tratamento, logo que sentir dor, de preferência, as chances de o quadro piorar diminuem e consequentemente a recuperação será mais rápida¿, orienta Homsi.

Para prevenir o problema, o atleta deve realizar treinos de musculação e propriocepção (exercício que trabalha a percepção corporal, consciência da postura, do movimento), procurar correr em superfícies confortáveis, como terra, grama ou areia, e utilizar um tênis com bom amortecimento. "Também é fundamental respeitar seus limites nos treinamentos, assim como o descanso", acrescenta o fisioterapeuta.

Roda Livre
Especial para o Terra

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Periodização contra a acomodação orgânica




As técnicas para melhorar sua performance.
Por Anderson Lopes
A situação que será exposta nesse texto é mais comum do que imaginamos.
Num belo dia você resolve treinar corrida. Começa alternando caminhada com a corrida… Passa-se 1 mês e meio e já consegue correr 30 minutos sem parar… Aos poucos decide aumentar a distância e o tempo de corrida, mantendo uma frequência semanal de 3 treinos… Logo vem a primeira prova de corrida, a segunda, a terceira… Depois de algum tempo percebe que não consegue mais melhorar o seu tempo… Pior, que ele estagnou e até aumentou em alguns eventos…
Essa característica que o corpo apresenta está relacionada à acomodação orgânica. Até um certo momento, você obtém melhoras expressivas em seu desempenho, porém, pelo fato de sempre treinar da mesma forma, o corpo assimila esse estímulo repetitivo e deixa de apresentar novos ajustes evolutivos. Essa assimilação leva à economia de energia, até aí tudo bem, mas se essa energia não é gasta, o suficiente para o corpo perceber que o mesmo foi solicitado a níveis acima do que está habituado, pode ter a certeza, a sua performance estará comprometida.
Os problemas não param por aí… A repetição excessiva de um mesmo método ou tipo de treino expõe as estruturas responsáveis pela locomoção (ossos, músculos, articulações, tendões e ligamentos) a lesão por Overuse (excesso de uso).
Através do empirismo (baseado em experiência) e, anos depois, em estudos científicos, a ciência busca encontrar meios e formas de se extrair o máximo do atleta, objetivando níveis máximos de performance e a sua manutenção por mais tempo, minimizando o risco de lesão, tentando quantificar o volume e intensidade ideais para cada esporte e atleta. Essas demandas mudam até mesmo entre atletas do mesmo esporte, que assumem funções diferentes da posição que competem (no caso dos esportes coletivos).
A periodização, ferramenta que une todas as informações específicas do esporte, do atleta e do calendário de competição, programa tudo que será feito com o atleta, desde o início de uma temporada, a sua transição para o ano seguinte, desde a preparação para uma olimpíada ou um mundial.
Os princípios de treinamento de Adaptação, Especificidade e Progressividade são básicos e norteadores para qualquer tipo de periodização, seja esportiva profissional ou recreacional. Vale para todos.
Hoje, sabe-se que as qualidades físicas principais, tais como força, potência aeróbica, flexibilidade, coordenação, velocidade, entre outras, não podem ser trabalhadas da mesma forma, nem com a mesma intensidade e nem volume.
Ninguém melhor que o seu técnico ou treinador para traçar estratégias de sempre seguir melhorando o seu desempenho. Todo treino é uma oportunidade única de avaliar como vai a saúde do seu corpo. Periodização contra a acomodação!