Interface Ambiental
21% do ar ao nosso
redor é oxigênio. Mas coloca-lo dentro do corpo apresenta algumas dificuldades.
Muitos organismos simples, tais
como as minhocas, absorvem oxigênio pela pele. Nós não podemos utilizar este
método por várias razões. Nossa demanda de oxigênio é muito maior do que a da
minhoca, não apenas porque nós, e especialmente os atletas entre nós, somos
mais ativos, mas também porque mantemos nossa temperatura bem acima da
ambiente, o que implica em uma alta demanda de energia, mesmo em repouso; e a
maioria dela é gerada por processos que utilizam oxigênio. Para obter este gás
rápido o suficiente pela difusão, necessitaríamos de uma pele muito grande e
fina ( e portanto delicada). Nossa pele raramente possui 2 m² de área e esta
longe de ser delicada.
Em contraste , nosso pulmões consistem de mais
de 50 m² das membranas mais delicadas, cuidadosamente protegidas por uma caixa
torácica. Além disto, essa superfície interna pode ser mantida úmida, auxiliando
assim a difusão gasosa, sem perda excessiva de agua pela evaporação. Sua
superfície consiste de milhões de sacos finos, cada um recebendo um ramo da
principal via aérea, intimamente rodeado por um leito capilar. Mudanças no
volume do tórax em função da contração e relaxamento do musculo diafragma e dos
intercostais, impulsiona o ar para dentro e para fora dos pulmões. Durante sua
breve estada nos pulmões, o conteúdo de oxigênio do ar cai de 21% para cerca de
14,5% ,`a medida que a hemoglobina “empurra” o oxigênio para o sangue.
Contrariamente, o conteúdo de dióxido de carbono de quase zero passa para 5 a
6% .
Edson
Gomes da Silva Junior
Instrutor
da Fast Runners assessoria esportiva.