‘A chance é de medalha ou de nem chegar’, diz maratonista Marílson
O atleta mantém o otimismo, apesar das dificuldades de enfrentar os favoritos africanos na competição
24 de março de 2012 | 10h 30
Talvez nenhuma prova nos Jogos Olímpicos apresente possibilidades tão imponderáveis como a maratona. A maior esperança brasileira, Marílson Gomes dos Santos, aborda com muita franqueza suas possibilidades. “Meu grande objetivo é uma medalha olímpica. Tenho chance? Tenho, mas também tenho chance de nem chegar”, comenta.
Tudo vai depender do ritmo dos adversários. Pode ser que um grupo ou um competidor dispare. Se tentar acompanhá-lo, o fundista brasiliense pode “quebrar”, ou seja, não aguentar o ritmo e ser obrigado a abandonar, ou brigar pelo pódio.
A vida hoje está difícil para um fundista não africano. Os donos das 62 melhores marcas do mundo em 2010 nasceram naquele continente, sendo 36 quenianos e 19 etíopes. Marílson é o 63.º. E isso com a segunda melhor marca da história do Brasil: os 2h06min34 que registrou justamente em Londres. Este tempo só fica atrás das 2h06min05 de Ronaldo da Costa, em Berlim, marca que chegou a ser a melhor do mundo em 1998.
Cabe lembrar, no entanto, que cada país tem o direito de inscrever, no máximo, três maratonistas na Olimpíada. Em sua simplicidade, Marílson descreve assim a hegemonia africana: “Tá uma coisa meio louca esse domínio”.
E quais seriam, então, as chances de um sujeito que não figura nem entre os 60 melhores do ranking? Boas, se considerarmos que Vanderlei Cordeiro de Lima não estava nem entre os cem melhores em 2003, o ano que antecedeu os Jogos Olímpicos de Atenas. E o fundista paranaense, como se sabe, liderou a prova e terminou na terceira colocação.
Concentrado em sua própria evolução, Marílson está se desenvolvendo. Ele correu a Meia Maratona de Nova York, no último dia 18, em 1h01min26, o que lhe deu a nona colocação. Antes, havia disputado a Meia Maratona de São Paulo em 1h01min46.
“Estou confiante. Ainda estou enfrentando um volume muito alto de treino. Com certeza vou estar mais rápido em junho, mais perto da Olimpíada”.
Em abril, Marílson disputa a Maratona de Londres, que terá percurso diferente do olímpico.
FEMININO Na maratona feminina, o Brasil já tem uma pré-convocada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt): Adriana Aparecida da Silva, que foi campeã nos Jogos Pan-Americanos de 2011. Segundo seu treinador, Cláudio de Castilho, a meta de Adriana em Londres será apenas melhorar seu tempo, o melhor de uma sul-americana na história: 2h29min17
meu grande objetivo hj tbm é uma medalha rsrs, mas ñ é olímpica kkk
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