domingo, 29 de julho de 2012


A Prática da Corrida para Asmáticos


            A asma é uma doença crônica mais comum do mundo industrializado que acomete cerca de 17 milhões de brasileiros ou 10% da população total do Brasil. Milhares de pessoas no Brasil são internadas pelo fato do diagnostico não ser bem feito na rede publica somado a ausência de tratamento para a doença. Os sintomas mais comuns da asma incluem a opressão torácica, tosse, estertores e/ou falta de ar.
            Um fator limitante para as atividades físicas do asmático é a rigidez torácica. Neste sentido, são recomendados exercícios de desbloqueio torácico com o objetivo de aumentar a mobilidade costovertebral. O desbloqueio torácico é anterior ao trabalho de ginástica respiratória, devido à importância dos movimentos articulares durante a respiração.
Pesquisas atuais indicam que a pratica da corrida esta sendo extremamente benéfica para diminuir as crises asmáticas, desde que bem orientadas.
            Segundo a organização americana Asthma and Allergy Foundation of America (AAFA), exercícios como a corrida orientados para que comece com 50% do VO2 máx previsto para a idade e que não ultrapasse os 75% do VO2 max é indicado para melhora na condição física do asmático e o progressivo aumento da sua resistência cárdio-respiratória, o que lhe permite suportar melhor os agravos da saúde, ou seja, fornece-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas.
            A corrida também é apontada para promover suporte psicológico e diminuição da ansiedade. Para alcançar esta meta é necessária a conscientização dos movimentos musculares durante a inspiração e a expiração, ou seja, reeducação respiratória, com ênfase no trabalho abdomino-diafragmático. Algumas pesquisas relatam que os exercícios físicos são provocadores de bronco espasmos em 80% a 90% dos asmáticos. Porém, nem todas as atividades físicas geram este tipo de reação. Diferentes exercícios, em diferentes intensidades provocam diferentes magnitudes de crises.
            A melhora da condição física do asmático permite-lhe suportar com mais tranqüilidade os agravos da saúde, pois aumenta sua resistência fornecendo-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas. A participação regular em programas de atividades físicas, pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho, com menor desconforto e redução de bronco espasmo. A orientação adequada trás ainda uma série de benefícios, entre eles melhora da mecânica respiratória, prevenção e correção alterações posturais, melhora da condição física geral e prevenção de outras complicações pulmonares. Para isso são necessárias orientações quanto ao tipo e intensidade das atividades físicas para se evitar o bronco espasmo induzido pelo exercício (BIE). O BIE é um fenômeno que atinge a maioria dos asmáticos e é um fator limitante nas atividades físicas e sociais
            O bronco espasmo induzido pelo exercício é caracterizado por uma queda de 10% a 15% no fluxo expiratório máximo. Ocorre com a duração do exercício entre seis a oito minutos e intensidade de trabalho de aproximadamente dois terços do consumo máximo de oxigênio. A resposta ao exercício aparece alguns minutos após cessado o esforço e se reverte após aproximadamente, 60 minutos. Na maioria dos indivíduos, este bronco espasmo consiste em uma única crise de rápido início e recuperação. Alguns podem desenvolver uma reação tardia (quatro a dez horas após o exercício).
            A participação regular em programas de atividades físicas, pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho com menor desconforto e broncoespasmo. Aumento de apetite, melhora do sono, diminuição do uso de drogas e sensação de bem estar também são fatores associados à melhora da condição física.
            Um programa de atividades físicas adaptadas ao asmático deve conter: exercícios respiratórios diafragmáticos intercaladas nas atividades; caminhadas com respiração diafragmática; corridas curtas e sem provocar perda do controle/rítmo respiratório; exercícios posturais; exercícios de quadrupedismo em extensão e alongamento, que são preventivos de alterações posturais/torácicas e promovem mobilidade torácica.
            São necessárias orientações quanto ao tipo e intensidade das atividades físicas para se evitar o broncoespasmo induzido pelo exercício.
            A melhora na condição física do asmático é conseqüência do aumento da sua resistência cárdio-respiratória, o que lhe permite suportar melhor os agravos da saúde, ou seja, fornece-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas.
            A participação regular em programas de atividades físicas como a corrida , pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho com menor desconforto e broncoespasmo.

domingo, 22 de julho de 2012


‘A chance é de medalha ou de nem chegar’, diz maratonista Marílson

O atleta mantém o otimismo, apesar das dificuldades de enfrentar os favoritos africanos na competição

24 de março de 2012 | 10h 30
Talvez nenhuma prova nos Jogos Olímpicos apresente possibilidades tão imponderáveis como a maratona. A maior esperança brasileira, Marílson Gomes dos Santos, aborda com muita franqueza suas possibilidades. “Meu grande objetivo é uma medalha olímpica. Tenho chance? Tenho, mas também tenho chance de nem chegar”, comenta.
Tudo vai depender do ritmo dos adversários. Pode ser que um grupo ou um competidor dispare. Se tentar acompanhá-lo, o fundista brasiliense pode “quebrar”, ou seja, não aguentar o ritmo e ser obrigado a abandonar, ou brigar pelo pódio.
A vida hoje está difícil para um fundista não africano. Os donos das 62 melhores marcas do mundo em 2010 nasceram naquele continente, sendo 36 quenianos e 19 etíopes. Marílson é o 63.º. E isso com a segunda melhor marca da história do Brasil: os 2h06min34 que registrou justamente em Londres. Este tempo só fica atrás das 2h06min05 de Ronaldo da Costa, em Berlim, marca que chegou a ser a melhor do mundo em 1998.
Cabe lembrar, no entanto, que cada país tem o direito de inscrever, no máximo, três maratonistas na Olimpíada. Em sua simplicidade, Marílson descreve assim a hegemonia africana: “Tá uma coisa meio louca esse domínio”.
E quais seriam, então, as chances de um sujeito que não figura nem entre os 60 melhores do ranking? Boas, se considerarmos que Vanderlei Cordeiro de Lima não estava nem entre os cem melhores em 2003, o ano que antecedeu os Jogos Olímpicos de Atenas. E o fundista paranaense, como se sabe, liderou a prova e terminou na terceira colocação.
Concentrado em sua própria evolução, Marílson está se desenvolvendo. Ele correu a Meia Maratona de Nova York, no último dia 18, em 1h01min26, o que lhe deu a nona colocação. Antes, havia disputado a Meia Maratona de São Paulo em 1h01min46.
“Estou confiante. Ainda estou enfrentando um volume muito alto de treino. Com certeza vou estar mais rápido em junho, mais perto da Olimpíada”.
Em abril, Marílson disputa a Maratona de Londres, que terá percurso diferente do olímpico.
FEMININO Na maratona feminina, o Brasil já tem uma pré-convocada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt): Adriana Aparecida da Silva, que foi campeã nos Jogos Pan-Americanos de 2011. Segundo seu treinador, Cláudio de Castilho, a meta de Adriana em Londres será apenas melhorar seu tempo, o melhor de uma sul-americana na história: 2h29min17


DOR DO LADO



Saiba por que ocorre e como evitar este incômodo que atinge ou já atingiu a maioria dos praticantes da corrida


Por Maurício Belfante

Uma das principais inimigas dos corredores, a dor aguda que aparece embaixo da costela, conhecida como dor desviada, dor do lado, dor de atleta, dor do baço entre outros nomes, costuma deixar muitos corredores com cara feia por causa do incômodo que causa.

Porém, porque essa dor aparece? Pergunta frequente entre os atletas, ela pode aparecer por dois motivos distintos: muito esforço físico para o corredor e pela respiração errônea na hora de dar as passadas.

:: Insuficiência circulatória aguda - Quando o esforço físico é maior do que a capacidade do coração de aspirar todo o retorno do sangue venoso ao coração, gera, assim, um excesso de sangue pobre em oxigênio em alguns órgãos e causa dores ou desconfortos na região do fígado (lado direito do abdômen) ou no baço (no lado esquerdo).

:: Cãibras no diafragma por deficiência respiratória - A respiração inadequada ou alta concentração de lactato sanguíneo devido a falta de condicionamento físico. Veja dicas de como respirar durante a prática esportiva clicando 


Enfim, a dor vem a aparecer por causa do desconhecimento do atleta do seu próprio corpo, já que ele não sabe o quanto pode aguentar e irá forçá-lo de mais, ou por não respirar de forma correta e de maneira confortável.

Adeus, dor.
Existem muitas maneiras de acabar de vez com essas dores que insistem em aparecer. A prevenção pode ser tanto um trabalho pré-corrida, com aquecimento específico, quanto aprendendo a respirar corretamente, sabendo, assim, a quantidade de oxigênio que o seu corpo precisa para uma melhor funcionalidade.

“O corredor iniciante deve começar a correr em um ritmo bem abaixo da sua velocidade média, fazendo o corpo se acostumar com a frequência de suas respirações. Um aquecimento mais lento vai acertar o trabalho muscular e ajeitará a respiração do corredor”, explica Enzo Amato, diretor técnico da Enzo Amato Assessoria Esportiva.

Além dessa maneira, Rodrigo Albuquerque, diretor técnico da Ápice Treinamento Multiesportivo, de Brasília, também faz suas recomendações, e afirma que a respiração ideal pode ser descoberta em pouco tempo.

“Uma maneira bem eficaz de diminuir e até acabar com as dores é intensificar a respiração, insistindo em numerosas, fortes e prolongadas expirações, o que faz o corredor se conhecer melhor em atividade, proporcionando o conhecimento da respiração ideal”, explica Albuquerque.




Matéria extraída do site: http://o2porminuto.uol.com.br

segunda-feira, 9 de julho de 2012


História do atletismo


Nos primórdios de nossa civilização, começa a história do atletismo. O homem das cavernas, de forma natural, praticava uma série de movimentos, nas atividades de caça, em sua defesa própria etc. Ele saltava, corria, lançava, enfim desenvolvia uma série de habilidades relacionadas com as diversas provas de uma competição de atletismo. Podemos verificar que as provas de atletismo são atividades naturais e fundamentais do homem: o andar, o correr, o saltar e o arremessar. Por esta razão, é considerado o atletismo o “esporte base” e suas provas competitivas compõem-se de marchas, corridas, saltos e arremessos. Além disso, o desenvolvimento dessas habilidades são necessárias à prática de outras modalidades esportivas.
Por exemplo, podemos observar um jogador em atividade numa partida de futebol, basquete ou voleibol. Durante o jogo, ele anda, outras vezes, corre, salta e pratica arremessos. Por isso, um jogador de futebol, basquete ou voleibol procura sempre desenvolver essas habilidades que são “base” dos conjuntos de atividade física do praticante dessas modalidades.
A história do atletismo é muito bonita, pois que se inicia com a própria história da humanidade, quando o homem primitivo praticava suas atividades naturais para sobrevivência. Chega mesmo a se confundir com a mitologia, quando observamos o período da Antigüidade Clássica, com os Jogos Olímpicos que deram origem aos atuais Jogos Olímpicos da Era Moderna, que trazem como reminiscência cultural mais marcante a figura de Discóbulo de Miron.
O atletismo, sob forma de competição, teve sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi derivada da raiz grega, “ATHI, competição”, o princípio do heroísmo sagrado grego, o espirito de disputa, o ideal do belo etc. – o que se chamou de ESPÍRITO AGONÍSTICO. Surgiram então as competições que foram perdendo o caráter de religiosidade e assumindo exclusivamente o caráter esportivo. O romano Juvenal sintetizou a expressão com “MENS SANA IN CORPORE SANO” a própria filosofia do esporte.


Jogos olímpicos

Os primeiros jogos olímpicos foram realizados em 776 aC , ainda que competições atléticas fossem populares na Grécia muito antes dessa data. Por volta de 93 aC , os jogos eram realizados em 300 lugares distintos, com quatro - Delfos ( jogos Pítios), Corintio (jogos do istmo), Nêmea e , claro , Olímpia  - sendo os eventos de maior prestigio. os eventos incluíam:
 boxe
 Luta 
Pentatlo - salto em distância , lançamento do martelo , disco , corrida e luta 
 Eventos de corrida - o Stade de 200 mts , o Diaulos de 400 mts e a corrida mais longa  o Dolichos de 5 km.

Apesar da sua origem , na Grécia Antiga, a primeira maratona dos Jogos Olímpicos foi corrida nos Jogos Olímpicos de Atenas, ressuscitado pelo barão de Coubertin , em 1896 ( essa também é o nome da medalha de honra mais difícil nos jogos Olímpicos, que simboliza a coragem e o espírito esportivo. Poucos atletas no mundo possuem essa medalha, entre eles 2 brasileiros: O cavaleiro Rodrigo Pessoa, em 2010 durante o Final do Alltech FEI World Equestrian Games quando deu dicas de como montar um cavalo à um atleta que havia se classificado para as semifinais, esse atleta que recebeu as dicas de Rodrigo ganhou o 3 lugar, enquanto nosso brasileiro ficou em 4 lugar, e também o nosso corredor Vanderlei Cordeiro que estava  vencendo a maratona em Atenas 2004 quando um "padre" o segurou durante o percurso).

medalha Pierre de Coubertin     
Antigamente os campeões recebiam como prêmio coroas de flores e louros. Não havia premiações em dinheiro e só os ricos viajavam para competir já que os jogos priorizavam a população local.

Abraços Atletas!


Edson Gomes da Silva Junior - instrutor de corrida da Fast Runners Assessoria esportiva.